sexta-feira, 29 de julho de 2011

toda a gente chora.

Chorar.



Chorar é humano. Se todos já pelo menos uma vez na vida sentimos o calor de uma lágrima a rastejar-nos pela cara abaixo, o salgado sabor de uma lágrima quando aterra por fim nos nossos lábios e a sensação húmida que fica na nossa pele quando já todas as lágrimas caíram, então não há muito que nos separe neste facto. 
Não importa o quão forte uma pessoa diga que seja, nós temos a certeza de essa pessoa já chorou. Talvez até essa máscara de pessoa forte seja apenas para esconder o facto de que tantas vezes tem de chorar por algo que não está certo.
E não importa a razão, nós sabemos que toda a gente chora. Toda a gente chega a um ponto em que percebe que existe algo que não é como devia de ser e que se farta de viver assim. Como uma gaveta que vai acumulando coisas más, e algum dia tem de explodir. Nesse dia, o dono dessa gaveta, chora. 
Quando erramos, e ao relembrarmos o que fizemos de mal choramos, essas lágrimas são o nosso arrependimento a escorrer-nos pela cara. Quando queremos algo, e não conseguimos, essas lágrimas são a nossa esperança para continuar a tentar mais e mais. Quando algo de mau acontece, e não há nada que possamos fazer, essas lágrimas são o desespero de remediar algo que talvez seja impossível de remediar.
Mas e quando choramos, simplesmente? Quando pensamos na vida, e do nada, aparecem lágrimas que lutam desesperadamente para cair? Pensamos 'do que choro eu?' e não há realmente uma resposta?

quinta-feira, 28 de julho de 2011

um pequeno desabafo.

FARTA

Farta que duvidem de mim, da minha palavra, às vezes só pedia um bocadinho de compreensão pela parte de algumas pessoas. Em quase todos os lugares que vou, raramente posso ser eu mesma. Porque tenho sempre uma presença de alguém, que é pior que a minha sombra.
Não posso ter conversas com os meus amigos, não posso fazer algo que goste, sem olhar à minha volta para saber se essa presença está, porque até posso fazer a coisa mais inocente do mundo, mas para essa presença é algo ofensivo, e exagera sempre.
Mas para quê falar, e confiar se no fim, duvidem de nós e não nos querem ver felizes. Mas tenho o melhor namorado e os melhores amigos do mundo que me compreendem, ajudem e fazem com que os piores dias de sempre se tornem bons. Agradeço-vos por isso, agradeço-vos por nos piores momentos me conseguirem sempre me pôr com um sorriso na cara. 
Mas nem sempre o sorriso de fora, esconde a tristeza de dentro.